Risco de propagação do vírus preocupa especialistas e produtores de Animais.
O caso foi confirmado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). E embora não se saiba como a doença chegou à América, o registro levantou preocupações para o setor produtivo no país.
Segundo o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Luizinho Caron, há o risco de propagação do vírus. “Como a República Dominicana fica em uma ilha e faz fronteira terrestre com o Haiti, é possível que o Haiti também esteja contaminado com o vírus. Então, além dos protocolos que já são adotados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), as pessoas que viajam para áreas onde a doença existe não podem trazer produtos que contenham carne suína, muito menos ir conhecer áreas produtivas destes países”, afirmou.
Ainda de acordo com o pesquisador, o impacto do surto da doença no Brasil pode trazer consequências severas. “Em 2017, o prejuízo estimado para o Brasil no primeiro ano de um surto hipotético de PSA era de U$S 5,5 bilhões. Hoje em dia, esse valor é muito maior, já que a produção de suínos no Brasil cresceu, as exportações aumentaram, e o investimento em uma suinocultura de ponta, com boa genética e tecnologia também foi ampliado”, explicou.
Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou rígidos procedimentos de biosseguridade estão sendo adotados e atualizados pelo setor produtivo. A nota afirma também “em caráter emergencial, a entidade também convocou o Grupo Especial de Prevenção à Peste Suína Africana (GEPESA) – formado por técnicos e especialistas das organizações associadas – para a discussão de novas ações no âmbito privado, em suporte ao trabalho de defesa agropecuária desempenhado pelo Ministério da Agricultura”.
No Brasil, a doença foi erradica em 1984.
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